domingo, 5 de abril de 2009

Resenha do filme Patch Adams:o amor é contagioso

A recreação terapêutica é uma das áreas de atuação do professor de Educação Física. O filme Patch Adams: o amor é contagioso, retrata o espaço hospitalar, com as fragilidades dos pacientes, dos profisssionais, os seus enfrentamentos e como um profissional da saúde, pode exercitar sua humanidade.

A seguir o resumo do filme realizado por um aluno da turma.

Resenha do Filme: Patch Adams
O amor é contagioso.

Estudante de medicina utiliza método singular para tratar de pacientes em hospital. Fazer rir com boas doses de carinho é seu tratamento. Com muito humor e irreverência ele conquista simpatias, o que confunde alguns colegas da classe e intriga superiores, os quais não concordam com suas idéias e querem prejudicá-lo. Aos poucos o ambiente hospitalar adquire novo aspecto e o acadêmico vai conquistando crianças e adultos, ao ponto desta relação alegre e carinhosa do médico com os pacientes tornar-se essencial para o sucesso no tratamento de alguns ou minimizar o sofrimento de outros.
Seus métodos pouco convencionais são encarados com sarcasmo pelo corpo médico e por gozações dos colegas de classe. Com obstinação, Patch Adams prossegue em seu propósito e em decorrência disto seu afastamento do corpo clinico torna-se inevitável, permanecendo apenas na assistência das aulas. Sem deixar de fazer “visitas” a seus pacientes, é flagrado pelo diretor que o afasta de vez das dependências do hospital. Tal medida provoca certa comoção nos pacientes que demonstram insatisfação, retrocedendo ao tratamento.
Mais uma vez o futuro médico expõe sua ousadia, e resolve juntamente com colegas que o apóiam, mais uma garota em especial que vem a namorar, criar um local apropriado para fornecer qualidade de vida a doentes e dar-lhes assistência gratuita. Institui o “Seu Hospital”. O local vai criando forma, os amigos trabalhando juntos, os doentes aparecendo, doações sendo recebidos, auxílios de todas as formas possíveis. Porém a fatalidade fez Patch Adams cair na realidade ao sentir a perda de sua parceira e namorada, ela morre. Seus sonhos e ideais já não tem aquele entusiasmo e para piorar a situação, seu hospital dá sinais de falta na estrutura. Apesar da cooperação dos companheiros, os recursos tornam-se escassos e a conclusão do curso está na reta final. Ele precisa formar-se logo.
O amor que sente por seus pacientes vence e a reação é retomar sua meta com mais força. Ao término do curso, para sua surpresa e da direção, seus colegas, pacientes e funcionários do hospital o homenageiam. Patch Adams chega lá. Rumo a sua vida de médico.



A história de Patch Adams e seus métodos, nos deixa claro que, um médico, deve levar em consideração em quaisquer circunstâncias, a sensibilidade e os sentimentos de seus pacientes. O doente ali está, num momento de fragilidades e carências, atitudes de afeto que demonstrem amparo, proteção e carinho só podem cooperar no sucesso de um tratamento. O futuro médico sabia disso.
Ocorre que nem sempre isso é percebido e aplicado. Tem que haver vocação, ela é a chave de tudo. O conhecimento adquirido nas escolas de medicina necessita de uma característica muito especial que é o carisma, este é nato, não se adquire. Atitudes excepcionais precisam estar associadas a conceitos deliberadamente estudados, muito antes de ocorrerem fatos que possam gerar angústias e dúvidas a quem se compromete a lidar com a vida do ser humano. Para Patch Adams, cada paciente em particular era único, necessitando na mesma intensidade de carinho e atenção.
Na realidade, fatores estruturais, externos e financeiros desviam as promessas, os sonhos e as intenções. Via de regra, poucos lembram que a dignidade do doente precisa ser tratada com afeição e respeito em primeiro lugar. Se conseguirmos unir competência e sensibilidade o tratamento terá melhores resultados.
A mensagem de Patch Adams nos dá vários exemplos, os que devemos seguir e os que devemos rejeitar, tratemos de tirar uma lição disso.
Autor da resenha: Rafael Vagner Krentz

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Resenha do artigo: O ensino de Recreação: repensando algumas práticas

A disciplina de Recreação e Lazer, na matriz curricular do curso de Educação Física da ULBRA/Canoas, encontra-se, para o curso de Licenciatura, no segundo semestre da grade e no quarto semestre, para os alunos do Bacharelado. Portanto, ela é oferecida aos acadêmicos, quando estes alunos, estão iniciando o curso de Educação Física. A escolha do artigo teve como objetivo oportunizar um espaço de reflexão sobre o tema.

O Ensino de Recreação: Repensando Algumas Práticas

A seguir apresenta-se a resenha do artigo “O ensino de recreação: repensando algumas práticas", de Edmilson Santos dos Santos (2001), publicado na Revista Movimento, vol 7, nº 15.
Segundo o autor, tratando-se de recreação e lazer, durante a formação acadêmica, encontramos profissionais auto-denominados práticos e outros teóricos. Estas duas denominações disputam a maneira como deve ser conduzida e orientada a área de recreação e lazer.
Em alguns casos, o próprio nome da disciplina direciona a forma de sua interpretação: ao receber o nome de recreação, associa-se a atividades práticas; quando denomina-se lazer, são relacionadas análises mais gerais; quando uma disciplina abrange recreação e lazer, ocorre o predomínio da primeira sobre a outra.
Diante deste contexto, o artigo objetiva compreender quais são as estratégias e práticas acadêmicas que fazem com que determinados discursos sejam considerados verdadeiros e outros falsos, identificando os pontos pelos quais os livros que sugerem atividades recreativas justificam determinados procedimentos práticos.
Os professores de ministram esta disciplina, devem utilizar o poder do conhecimento, através de atividades práticas concretas, para constituir uma verdade no ensino acadêmico.
Uma das intenções do estudo foi analisar criticamente as obras literárias que norteiam os trabalhos dos professores e alunos acadêmicos, relacionando o poder que o livro da área de recreação tem sobre o planejamento da disciplina. Portanto, foram verificados 22 livros direcionados a recreação dispostos em três bibliotecas de Faculdades de Educação Física.
Geralmente, esses livros apresentam atividades para serem experimentadas no cotidiano. Porém, a maioria das obras literárias não faz qualquer ressalva sobre os níveis motivacionais e de desenvolvimento das crianças, quais os jogos que são desafiadores, qual o papel do professor no seu aprendizado.
Torna-se comum no meio acadêmico, encontrar materiais literários produzidos para professores, recreacionistas ou estudantes, onde não apresentam suporte bibliográfico capaz de fundamentar suas atividades práticas.
Como a literatura não objetiva fundamentar o significado da recreação, acaba ocorrendo contradições entre o que anunciam e aquilo que sustenta o corpo do trabalho. Visto que a recreação esta relacionada a palavras como liberdade de expressão, criatividade, prazer e espontaneidade. Algumas obras de recreação discursam no texto liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que é o professor que escolhe o que deve ser realizado. Outro aspecto importante acontece quando certas atividades, incentivadas pelo professor, coloquem os alunos em situações desconfortáveis e desencorajados. Geralmente este fato relaciona-se a atividades de competição, desestimulando certos alunos considerados derrotados por seus colegas.
O jogo ou brincadeira são importantes e fundamentais no desenvolvimento educacional dos estudantes. Contudo todo jogo ou brincadeira devem ser escolhidos individualmente para um público específico, adotando regras e posturas embasadas no conhecimento teórico, visto que devemos fundamentar as atividades práticas na literatura, pesquisas científicas ou artigos, sempre possuindo um objetivo final com tais atividades. Não somente na área da recreação e lazer, mas em todas as áreas, devemos manter esta linha de trabalho, visto que cada vez mais os profissionais da educação física são estimulados ao meio científico e de pesquisa, sendo indispensável em dias atuais para uma melhor qualificação e formação profissional.

Autor da resenha: Rafael Vagner Krentz (aluno da turma de Recreação e Lazer) do Curso de Educação Física da ULBRA/Canoas.